Notícias
ARTIGO SOBRE VINHOS PORTUGUESES NO JORNAL O ESTADO DE S.PAULO
Press Release ViniPortugal
28 Março 13
Todo ano a mesma questão: que vinho combina com bacalhau? Prefiro, num estilo talmúdico ou socrático, responder à pergunta com outra pergunta: mas de qual bacalhau falamos? Assado, Zé do Pipo, moda da feira, espiritual, fresco, a esqueixada catalã com o peixe cru ou o bolinho? Para cada receita, com suas variantes de acompanhamentos, temperos e modo de cozimento, haverá um vinho diferente.

Todo ano a mesma questão: que vinho combina com bacalhau? Prefiro, num estilo talmúdico ou socrático, responder à pergunta com outra pergunta: mas de qual bacalhau falamos? Assado, Zé do Pipo, moda da feira, espiritual, fresco, a esqueixada catalã com o peixe cru ou o bolinho? Para cada receita, com suas variantes de acompanhamentos, temperos e modo de cozimento, haverá um vinho diferente.

Escolhi para responder (estou ficando bom nisso, elejo a pergunta para a qual tenho uma resposta) três pratos. O que faço em casa, bem simples, só uma posta bem alta de bacalhau, radicalmente dessalgada por dias e depois levada ao forno para dourar com muito azeite e um dente de alho. A bacalhoada mais brasileira, com caldo, batatas, cebolas, ovos cozidos e folhas inteiras de couve. E uma receita contemporânea, que tenho comido com frequência, criação do chef Raphael Despirite, do Marcel: é uma posta com pele (estilo que me encanta, bem basco), um pil-pil delicado (pil-pil é uma emulsão, molho como maionese, de alho, azeite e o colágeno do peixe), palmito pupunha e, o mais sensacional, raspas secas e defumadas de peixe bonito por cima, o katsuobushi japonês. O prato é muito bonito, está aí a foto, e soma o pungente do peixe defumado com o bacalhau (demolhado em água com gás, truque de Vítor Sobral aprendido pelo chef) e o quase adocicado do palmito e da untuosa maionese. Funciona muito bem.

Bonitos. O prato e as raspas de peixe bonito que compõem a receita do Marcel. FOTO: Sergio Coimbra/Divulgação
 

Redoma Niepoort 10 – Muito Bom
O branco mais simples (há o reserva), com ótima acidez e madeira sutil, vai bem com o pil-pil (R$ 128, Mistral, tel.: 3372-3400)
 

Vale dos Alhos 10 – Muito Bom
Uma curiosidade, um Sémillon da região de Sétubal, mineral e fino, merece o pil-pil (R$ 75, Adega Alentejana, tel.: 5094-5760)
 

Salton Virtude 08  - Muito Bom
Ótimo Chardonnay brasileiro, com bastante madeira, mas equilibrado. Perfeito com bacalhau ao forno (cerca de R$ 55 nas lojas de vinho)
 

Barón de B. 10  - Muito Bom
Da uva Antão Vaz, tem complexidade e sutileza, corpo, muito bom com a bacalhoada (R$ 100, Adega dos 3, tel.: 9466-7060)
 

Malhadinha Nova 10  - Muito Bom
Outro Antão Vaz, com boa estrutura, acidez delicada, também para a bacalhoada (R$ 98, Empório Santa Joana, tel.:3045-9045)




Data 28 de março de 2013 
Por Luiz Horta
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/luiz-horta/bacalhau-tem-sede-de-branco/

Últimas Notícias

Press Release ViniPortugal

18 Abril 24

Inscrições Abertas para a Cerimónia de Entrega de Prémios do Concurso Vinhos de Portugal 2024
Saber Mais

Press Release ViniPortugal

10 Abril 24

CONCURSO VINHOS DE PORTUGAL 2024
Saber Mais
Pressione ENTER para pesquisar ou ESC para fechar
Cookies

Os cookies ajudam-nos a melhorar a sua experiência de navegação. Ao utilizar o Webiste Wines of Portugal, concorda com a utilização de cookies.

ver mais