Os vinhos portugueses são enaltecidos pelo New York Times, na edição de 11 de Junho. Eric Asimov salienta no seu artigo que “De todos os países produtores de vinho históricos, Portugal é o mais negligenciado.” e acrescenta “É justo referir que a indústria de vinho portuguesa (sugeria mudar por sector vitivinícola) tem um bom desempenho ao longo da sua transição focando-se nos vinhos brancos que podem ser comercializados em todo o mundo”.
O diário começa por questionar o que aconteceu a Portugal, pois outros países foram bem acolhidos na economia globalizada no sector do vinho, com produções não reconhecidos há 25 anos, como Grécia, Áustria, e a reinventada Hungria. Portugal esteve sempre associado ao vinho do Porto e ao da Madeira que conquistaram os seus nichos de mercado, mas relativamente aos vinhos tranquilos “Portugal continua largamente ignorado e muitas vezes injustamente”.
Explicando que “Isto é em parte porque os portugueses, para seu grande mérito, recusaram-se a enfatizar uvas internacionais populares, como Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot e Sauvignon Blanc, em detrimento das suas inúmeras ofertas indígenas”. E salienta que “Esse tipo de internacionalização baseado nas castas globais, infelizmente, foi em tempos uma fórmula comprovada para ganhar a atenção mundial. Mas recentemente o foco mudou para o que é distintamente local, e, felizmente, os consumidores de vinho americanos já não procuram apenas um Cabernet português de 100 pontos.
Apesar desta fase de revelação dos vinhos brancos de Portugal, o autor revela duas excepções, salientando dois casos de vinhos brancos portugueses que já são conhecidos internacionalmente. “O vinho português tem capturado a imaginação, mas são casos específicos. O primeiro é o Vinho Verde, branco vivo e refrescante do noroeste de Portugal com preço muito atractivo, que combina bem com climas quentes e teve sucesso de vendas nos Estados Unidos nos últimos anos. Mas é um prazer inócuo, muito procurado para refrescar no verão.”
Os vinhos de Colares são destacados por Eric Asimov que os descreve como “ um dos vinhos mais fascinantes do mundo, mas produzido em quantidades ínfimas. As videiras crescem em solos arenosos e, portanto, são imunes à filoxera, o insecto voraz que ataca as raízes das videiras europeias clássicas, exigindo em quase todas o enxerto em porta-enxertos americanos. Tal não acontece com as videiras de Colares que podem crescer sobre as suas próprias raízes. São vinhos verdadeiramente maravilhosos, graciosos e ainda assim intensos com potencial para envelhecer por décadas. Mas as vinhas têm travado uma batalha perdida pela terra contra a extensão dos arredores de Lisboa, e em breve podem enfrentar a extinção.”
Eric Asimov foi influenciado por outros críticos que deram realce à qualidade dos brancos portugueses. Decidiu que valia a pena investigar e organizou a primeira prova que lhe motivou o interesse para promover futuras expedições pelos vinhos brancos portugueses.
O artigo completo está acessível em
http://www.nytimes.com/2014/06/11/dining/tasting-portuguese-white-wines.html?_r=0
Press Release ViniPortugal
13 Agosto 24