Regiões Vitivinícolas
As vinhas são esparsas e descontínuas, divididas em múltiplas parcelas, com propriedades com áreas médias quase insignificantes.
As montanhas determinam e condicionam o clima da região, abrigando as vinhas da influência directa do clima continental e da influência marítima. Os solos pobres são maioritariamente graníticos.
Nas castas brancas salientam-se, para além do Encruzado, as variedades Bical, Cercial, Malvasia Fina, Rabo de Ovelha e Verdelho. Nas castas tintas, para além da Touriga Nacional, salientam-se o Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, para além das menos comuns Baga, Bastardo e Tinta Pinheira.
Galeria Fotográfica da Região Vitivinicola de Dão e Lafões
Lafões é uma pequena região de transição, encravada entre as denominações do Dão e Vinho Verde, cortada pelo rio Vouga, com solos maioritariamente graníticos.
Nas castas brancas prosperam o Arinto, Cerceal, Dona Branca, Esgana Cão e Rabo de Ovelha, sendo os tintos dominados pelas castas Amaral e Jaen. Por regra, os vinhos de Lafões mostram um pendor acídulo, apresentando um estilo semelhante ao da denominação vizinha do Vinho Verde.
Antes da partida dos portugueses para a conquista de Ceuta, foi servido vinho do Dão nos luxuosos festejos organizados pelo Infante D. Henrique em Viseu.
O vinho do Dão foi muito procurado pelos europeus, na altura em que a filoxera dizimava as vinhas europeias. O vinho do Dão servia essencialmente para responder à procura de vinho do Douro (esta região já sofria efeitos da filoxera) e para vender vinho de mesa destinado ao mercado francês. Entre 1883 e 1886 a filoxera invadiu a região.