Regiões Vitivinícolas
A influência marítima está patente na precipitação elevada e nas temperaturas amenas ao longo de todo o ano. Os solos muito pobres são de origem vulcânica.
Os Açores são constituídos por três denominações de origem, Graciosa, Biscoitos (na ilha Terceira) e Pico. Historicamente, as vinhas foram estabelecidas dentro de currais, resguardadas das intempéries pelas paredes de pedra vulcânica que, libertando o calor acumulado durante o dia, ajudam a aquecer as vinhas durante a noite, protegendo-as igualmente da agressividade e inclemência dos ventos marítimos.
Galeria Fotográfica da Região Vitivinicola dos Açores
As castas predominantes na denominação de origem Graciosa são o Arinto dos Açores, Boal, Fernão Pires, Terrantez do Pico e Verdelho. Nas denominações de origem Biscoitos e Pico, as variedades preponderantes são o Arinto dos Açores, Terrantez do Pico e Verdelho. Os vinhos generosos açorianos, nascidos em condições extremas, oferecem uma frescura e acidez notáveis.
O arquipélago dos Açores, descoberto em 1427 por Diogo Alves, é constituído por nove ilhas. Em meados de 1427, chegaram os primeiros colonos às ilhas e iniciaram o cultivo da vinha.
A Verdelho é a casta mais famosa e mais cultivada nos Açores. Pensa-se que será originária da Sicília ou Chipre e foi levada para os Açores através dos Frades Franciscanos que a cultivaram abundantemente pelas ilhas.
No século XVII e XVIII os vinhos produzidos nos Açores, nomeadamente os produzidos na ilha do Pico, foram exportados para a Rússia e para a maioria dos países do norte da Europa. Depois da revolução russa de 1917, descobriram-se várias garrafas de vinho Verdelho do Pico guardadas em caves dos antigos czares da Rússia.