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História
História de Portugal
A origem dos vinhos em Portugal parece remontar a cerca de 2000 a.C. altura em que a mítica e hipotética civilização de Tartessos floresceria, utilizando como sua moeda de troca.
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2000 a.C
2000 a. C. Reino dos Tartessos aos Celtas Iberos
O Vinho, produzido a partir de vinhas plantadas nos vales do Tejo e Sado, servia como moeda de troca, fomentando a cultura da vinha e o tornando um bem importante na cultura e na vida dos povos.
Séc. X a. C.
Fenícios
Séc. VII a. C.
Gregos
Séc. VI a. C.
Celtas e Íberos
Séc. II a. C. - Romanos
A romanização da Península veio determinar a consolidação da produção do vinho em Portugal já que o desenvolvimento de Roma fazia disparar o consumo exigindo uma produção cada vez maior a que as vinhas locais não davam resposta. Cabia, assim, às colónias satisfazer a procura e garantir que o vinho corria, farto, em todo o Império Romano.
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Séc. VIII
Séc. XVIII - árabes até Reconquista cristã no Séc. XII
Entre os séculos VIII e XII, época marcada pela influência árabe e por uma cultura que proibia terminantemente o consumo de bebidas fermentadas, a cultura da vinha e a produção de vinho mantêm-se, curiosamente, beneficiando do espírito benevolente e protetor com que os árabes encaram os agricultores.
Séc. VIII
Árabes
Séc. XII
Reconquista Cristã
1143 - Portugal
A fundação de Portugal, em 1143, e a conquista da totalidade do território português aos mouros, em 1249, permitem a instalação de ordens religiosas, militares e monásticas, que se tornam ativos centros de colonização agrícola. O importante papel que o vinho assume nas cerimónias religiosas favorece a cultura da vinha e o vinho vai começando a fazer parte natural na dieta do homem medieval.
Lentamente, os vinhos de Portugal vão ganhando notoriedade, e na segunda metade do século XIV a produção de vinho conhece uma fase de grande desenvolvimento, e exportação.
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Séc. XV
Séc. XV- descobrimentos e conquista de ceuta
Transportado nas caravelas essencialmente como lastro, os vinhos licorosos vão envelhecendo dentro das barricas espalhadas pelos porões das galés, onde o tempo, o calor e o balanço do mar fazem um pequeno milagre, oferecendo no regresso, um vinho de qualidade ímpar, considerado precioso e vendido a peso de ouro. Chamavam-lhe vinho de “Roda” ou “Torna Viagem” e é com ele que os portugueses começam a conhecer e trabalhar o envelhecimento do vinho.
1415
Conquista de Ceuta
1498
Caminho Marítimo para a Índia
1500
Descoberta do Brasil
Séc. XVII- Caminhos Marítimos
Em meados do século XVI Lisboa era o maior centro de consumo e distribuição de vinho do império, e o vinho português chegava aos quatro cantos do mundo. No século XVII um conjunto de obras de cariz geográfico e relatos de viagem permite-nos entender o percurso histórico das zonas vitivinícolas portuguesas, o prestígio dos seus vinhos e a importância do consumo e do volume de exportações.
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Séc. XVIII
1703 - Tratado Methuen
Em 1703, com o acordo de regulamentação das trocas comerciais entre Portugal e Inglaterra, estabelecido no Tratado de Methuen, a exportação do vinho português conhece uma nova fase de expansão.
1756 - Região demarcada do douro
Em 10 de Setembro de 1756, e por alvará régio, é criada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, que tem como objetivo disciplinar a produção e o comércio dos vinhos da região e estabelecer a demarcação da região, o que vem de facto a acontecer.
Como em tantos outros aspetos da vida nacional, o Marquês de Pombal exerce uma forte influência no sector da vitivinicultura, tendo estabelecido uma série de medidas protecionistas visando em particular a região do Alto Douro e o afamado Vinho do Porto.
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Séc. XIX
1807-10 - Invasões francesas
O século XIX marca um período negro para a vitivinicultura em Portugal. Inicialmente pela devastação provocada pela doença do oídio, a que se lhe seguiu a praga de filoxera, inicialmente surgida na região do Douro em 1856, rapidamente se espalha a todo o país, devastando a maior parte das regiões vinícolas.
1850
Doenças nas vinhas
1867
Filoxera
1874 - Grande Exposição de Londres
Vencida esta ameaça, a produção de vinhos portugueses inicia a sua recuperação, e os vinhos portugueses regressam à ribalta na grande Exposição de Londres de 1874.
Colares foi a única exceção, já que a filoxera não se desenvolve nos terrenos de areia onde as suas vinhas são ainda hoje, cultivadas.
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1900
1907 - Regulação do sector vitivinícola
No início do século XX inicia-se o processo de regulamentação oficial de várias outras denominações de origem portuguesa. Madeira, Moscatel de Setúbal, Carcavelos, Dão, Colares e Vinho Verde vão assim juntar-se ao Vinho do Porto e aos vinhos de mesa do Douro.
1910
Implantação da República
1926 - Estado Novo
Com o Estado Novo (1926-1974), é criada a Federação dos Vinicultores do Centro e Sul de Portugal (1933) que tem como principal papel contribuir para a regularização do mercado.
1937 - Junta nacional do Vinho
Sucedeu-lhe em 1937 a Junta Nacional do Vinho, organismo de âmbito mais alargado e com uma forte componente cooperativista, cuja intervenção considerava o equilíbrio entre a oferta e o escoamento, a evolução das produções e o armazenamento de excedentes em anos de grande produção, de forma a garantir a compensação dos anos de escassez.
1942
Lançamento Matheus Rosé
Anos 50-60
Adegas Cooperativas
1974
25 de Abril
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1986
1986 - Adesão de Portugal à CEE e Instituto da Vinha e do Vinho
Em 1986 a Junta Nacional dos Vinhos é substituída pelo Instituto da Vinha e do Vinho, organismo adaptado às estruturas impostas pela nova política de mercado decorrente da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia.
Fundação da ViniPortugal em 1996
Em 1996 é fundada a ViniPortugal, a Organização Interprofissional do Vinho de Portugal, reconhecida por Despacho do Ministério da Agricultura.
1986 a 2000 - Denominação de origem
O conceito de “Denominação de Origem” é então harmonizado com a legislação comunitária, e é regulamentado o “Vinho Regional”, isto é, os vinhos de mesa com indicação geográfica, reforçando-se a política de qualidade dos vinhos portugueses.
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Recente
2000 a 2010
São então constituídas as Comissões Vitivinícolas Regionais (associações de direito privado e carácter interprofissional, regidas por estatutos) que, ao assumirem a responsabilidade pela defesa das Denominações de Origem e das Indicações Geográficas, e ao aplicarem e vigiarem o cumprimento da regulamentação existente, desempenham um papel fundamental no incremento e desenvolvimento da qualidade e prestígio dos vinhos portugueses, estando atualmente reconhecidas e protegidas 31 Denominações de Origem e 12 Indicações Geográficas em Portugal.
Os apoios da Europa foram essenciais para a viabilização de inúmeras vinhas e adegas modernas que impulsionaram a actividade vitivinícola; paralelamente, uma nova geração de produtores e enólogos foi sendo preparada nas universidades portuguesas nas áreas da viticultura e enologia, permitindo-lhes a aquisição de outras experiências no mundo vitivinícola.
Portugal possui ainda diversas cooperativas, algumas das quais excelentes, existem também grandes empresas de sucesso, mas nas últimas décadas assistiu-se ao crescimento de um grande número de pequenos produtores e produtores independentes, alguns dos quais anteriormente entregavam as suas uvas nas cooperativas e que entretanto se equiparam para produzir seus próprios vinhos.Algumas vinhas são novas e modernas, com castas selecionadas em função dos atuais mercados; outras são vinhas com décadas ou centenárias, com diversas castas antigas, de baixa produtividade mas de alta concentração aromática.Em 2010 foi criada a marca Vinhos de Portugal / Wines of Portugal que é uma marca colectiva e instrumento de comunicação dos vinhos portugueses pelo mundo.